Atualizada às 14h40
A apresentação do capitão Allisson Wattson, principal
suspeito de envolvimento na morte da estudante de direito Camilla Abreu, foi
adiada para a manhã desta quarta-feira (01) na Delegacia de Homicídios. O PM
era esperado na tarde de hoje, mas apenas seus advogados compareceram para negociar
com a polícia sua apresentação.
A informação é do delegado Francisco Baretta, coordenador da Delegacia de Homicídios. O responsável pela investigação, delegado Emerson Almeida, já expediu uma recomendação à Corregedoria da PM para garantir que o capitão Allisson se apresente amanhã às 9 horas na delegacia, onde prestará depoimento sobre o caso. A polícia espera conseguir informações sobre o paradeiro do corpo da jovem Camilla.
"Ainda não temos a localização do corpo e esperamos que haja colaboração da parte do suspeito, porque caso não consigamos encontrar os restos mortais da vítima, haverá uma terceira tipificação para o crime: a de destruição de cadáver", explica o delegado Baretta.
No momento, a polícia trabalha com duas tipificações criminais para o caso: homicídio e ocultação de cadáver. A polícia pontua, no entanto, que mesmo com todas as evidências do crime apontando para o capitão da PM, ainda não tem condições de indiciá-lo, porque há elementos para serem investigados ainda, como co-autoria e grau de participação.
Para o delegado Baretta, os indícios do envolvimento do PM na morte de Camilla são fortes, mas nenhum mandado ou determinação judicial contra o capitão Allisson foi solicitado ainda à Justiça. A polícia espera primeiro ouvi-lo. Na tarde de hoje, os advogados de PM se reuniram com o delegado para negociar os termos da apresentação. A reunião durou cerca de 40 minutos.
"A Investigação ainda está sendo concluída. Eu ainda não me reuni com o delegado Emerson para que víssemos o que é ainda necessário para desenhar por inteiro a autoria material do fato criminoso. Porque além da autoria material direta, nós poderíamos ter co-autores ou partícipes. Então temos que ter prudência e cautela. Estamos trabalhando para que até o final da tarde ou amanhã de manhã este caso esteja elucidado", finaliza o delegado.
Atualizada às 12h
O capitão da Polícia Militar Allisson Wattson deverá se apresentar na tarde desta terça-feira (31) na Delegacia de Homicídios. Ele é apontado por amigos e parentes da estudante Camila Abreu, desaparecida desde a última quarta-feira (25) como suspeito de ter matado a jovem.
O acordo com o capitão foi mediado pela Associação dos Oficiais da Polícia Militar. Segundo o tenente-coronel Carlos Pinho, presidente da Amepi, a intenção é fazer com que o policial colabore com as investigações. “Desde ontem pesa sobre ele a suspeita da morte, por ser a última pessoa com quem ela teve contato. Conseguimos convencê-lo a colaborar”, disse o presidente.
O PM se apresentará acompanhado do seu advogado, Otoniel Bisneto. O horário ainda não foi confirmado.
Matéria original
O delegado titular da delegacia de homicídios, Francisco Bareta, confirmou que a estudante de direito Camila Abreu, desaparecida desde a última quarta-feira (26), está morta. “Temos indícios, e pelos indícios, sabemos que estamos diante de um fato criminoso”, disse o delegado Baretta.
Camila Abreu está desaparecida desde quarta-feira (26) (Foto: Reprodução/ Facebook)
O delegado explica que, a princípio, a DH investigava o desaparecimento de uma pessoa, e procurava confirmar se um crime havia sido cometido. Segundo o delegado, a investigação refez os passos da jovem. “Criamos uma linha do tempo dos passos dela, e já temos evidências de que foi cometido um crime”, disse. Segundo Bareta, o autor do crime matou a estudante e ocultou o corpo.
O corpo de Camila ainda não foi encontrado. Agentes da Delegacia de Homicídios estão em diligências, e segundo o delegado Bareta o crime pode ser elucidado nas próximas horas.
A universitária Camilla Abreu está desaparecida desde a última quarta-feira (26). Camilla é estudante universitária e foi vista pela última vez na noite da quarta na companhia do namorado e de uma amiga em um quiosque no bairro Morada do Sol, na zona Leste de Teresina.
A estudante Valéria Gomes, amiga da estudante, relatou ao Portal O Dia supostos casos de agressão física e psicológica , incluindo ameaças de morte, entre a jovem desaparecida e o namorado, identificado como sendo capitão da Polícia Militar. Segundo o relato de Valéria, o PM teria apontando uma arma para a cabeça de Camilla em uma crise de ciúmes.